terça-feira, 20 de outubro de 2009

justificativa

Se o tempo poético pode ser a possibilidade de vivenciarmos uma vida inteira através de uma obra de arte, seja ela um poema, uma música, uma imagem. Que esta vivência se torne mais expandida e mais intensa ao incluirmos a casa como local da exposição e ao mesmo tempo obra.


Nosso objetivo está claro agora: pretendemos mostrar que a casa é uma das maiores (força) de integração para os pensamentos, as lembranças e os sonhos do homem. (1)





Além de mergulhar cada vez mais em projetos e obras auto-biográficas, cada vez mais incorporo o processo de trabalho à própria obra. Cada vez mais sem limites de onde começa a obra e de onde termina o processo. Como se um contivesse o outro e o outro contivesse o um. Com a clara idéia de que o processo é tão importante quanto à chamada obra. Ou melhor, o processo é obra também. É extremamente espontâneo, particular, intimo e menos sujeito às convenções. Ao incorporarmos a casa do artista como local de exposição e obra em si estamos oferecendo ao público a possibilidade de transitar entre o simbólico e o real cruzando sentimentos e reflexões. Estamos estimulando também o dialogo simultâneo entre várias linguagens, entre o passado e o presente, o corpo do público e o corpo da artista.



1. Bachelard, Gaston, A poética do espaço, São Paulo, Martins Fontes, 1989, p.26

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Quem sou eu

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Transito há 20 anos no universo das artes visuais. Em 2008 introduzi um novo suporte que é o pano, reafirmando o meu viés multimídia da artista que migra da fotografia para a arte eletrônica e digital e agora para a arte têxtil. Migrando mas sempre incorporando às novas descobertas os antigos suportes.