terça-feira, 20 de outubro de 2009

a casa

Construída em 1934 pelo pintor Presciliano Silva, a casa, desde então, tem sido um espaço marcante no segmento cultural da cidade.


Durante os anos 30, 40 e 50, foi cenário para diversos encontros de intelectuais nacionais e internacionais, saraus lítero-musicais, grandes festas de Natal e São João e animadíssimos bailes de carnaval. Com a sua arquitetura generosa e jardins no estilo francês, país fonte de inspiração na vida e obra de Presciliano - que morou na França nos anos da Belle Époque -, somados à hospitalidade de sua mulher, Alice Moniz Silva, esta casa permanece no imaginário de quem a conheceu.

Nos anos 60, a única filha do casal, a atriz Maria Moniz, mãe de Mônica, organiza encontros na varanda com o pessoal da Escola de Teatro, da Escola de Dança e da Bossa Nova da Bahia, entre eles Tom Zé, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia, Orlando Sena, Glauber Rocha e Helena Ignês. Esses encontros noturnos eram regados a muita música e o carro-chefe era a sopa preparada pela anfitriã e servida nas madrugadas. Essas noites foram imortalizadas na contracapa do disco de Caetano Veloso (1967), onde ele diz: “Gil, hoje não tem sopa na varanda de Maria”.

Nos anos 80, assume o comando do Boulevard o filho de Maria e irmão de Mônica, Maurício Simões, mais conhecido como Maurício Miau. Ele inaugura o lendário Atelier Bar, com um estilo tipicamente underground, embalado por Blues e Jazz de alta qualidade. O Atelier Bar foi um marco na cena musical baiana.

Hoje, convidamos você para fazer parte da nova fase da casa do Boulevard, que será reaberta com esta exposição, onde o personagem principal é a própria casa.

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Transito há 20 anos no universo das artes visuais. Em 2008 introduzi um novo suporte que é o pano, reafirmando o meu viés multimídia da artista que migra da fotografia para a arte eletrônica e digital e agora para a arte têxtil. Migrando mas sempre incorporando às novas descobertas os antigos suportes.